sábado, 10 de março de 2012

As criaturas fantásticas do RPG - Dragões #02

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Publicação semanal de criaturas do RPG #02



Pesquisadores de diferentes áreas, geólogos, arqueólogos ou teósofos, que defendem a hipótese de uma origem mais recuada para a espécie humana, admitem que pode ter ocorrido um período de transição no qual seres humanos conviveram com sáurios ou grandes répteis. A teósofa H. P. Blavatsky assinala em sua Doutrina Secreta (2003), citando o naturalista Curvier:
  
"Se existe algo que possa justificar a existência de hidras e de outros monstros cujas figuras foram tantas vezes reproduzidas pelos historiadores da Idade Média, este algo é incontestavelmente o plessiossauro."  Revolution du Globe. vol V - p 247


A existência dos Dragões, como animais pré-históricos, contemporâneos a uma raça humana arcaica, pode ainda ser contestada mas sua realidade como elemento cultural, seu caráter de poderoso símbolo presente no imaginário popular e nas alegorias religiosas de todo o mundo, isto é um fato inegável. Rico em conteúdos semióticos, o Dragão, ora representa o bem, ora representa o mal.



Uma visão geral do histórico dos Dragões mostra um ser paradoxal, que encarna, ao mesmo tempo, o bem e o mal. É o monstro que aterroriza os mortais, é a besta do Apocalipse, o aliado da Magia Negra, o raptor de donzelas medievais; mas também é um símbolo de sabedoria, força física, poder, proteção e boa fortuna. Este caráter, aparentemente multifacetado dos dragões é o resultado de milênios de sincretismos entre culturas de todo o mundo.

O aspecto maligno do dragão é notavelmente acentuado no Ocidente, onde foi associado à figura do Diabo por conta de suas "aparições", quase sempre alegorias mal interpretadas, nas escrituras cristãs como no Apocalipse, onde é chamadoLeviathan; nos evangelhos apócrifos: em Bartolomeu, surge submisso e, diante de Cristo e dos apóstolos, confessa suas maldades.
Outras referências ao dragão diabólico são os embate com o Arcanjo Miguel e com São Jorge. No evangelho apócrifo de Bartolomeu, o "inimigo dos homens" é descrito assim:


Belial subiu aprisionado por 6 064 anjos e atado com correntes de fogo. O dragão tinha de altura mil e seiscentos côvados e de largura, quarenta. Seu rosto era como uma centelha e seus olhos, tenebrosos. Do seu nariz saía uma fumaça mal-cheirosa e sua boca era como a face de um precipício....Bartolomeu, pois, se foi e pisou-lhe a cerviz, que trazia oculta até as orelhas, dizendo-lhe: — Dizei-me quem és tu e qual é teu nome....Respondeu Belial: — A princípio me chamava Satanail, que quer dizer mensageiro de Deus, Mas, desde que não reconheci a imagem de Deus, meu nome foi mudado para Satanás, que quer dizer anjo guardião do tártaro. In www.sobrenatural.org - 2005

Todavia, a simbologia tradicional se mantém. Os dragões jamais perderam seus atributos positivos e somente pela via das deturpações podem ser identificados com o mal. Ao contrário, o folclore envolvendo Dragões em guarda de tesouros é uma adaptação popular para os Dragões Guardiães do Éden, Guardiães da Árvore da Vida e da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.

Mesmo entre os judeus, são os Querubins designados pelo Criador para defender o Paraíso. Estes anjos, são descritos no Livro de Enoch com uma aparência zoomórfica, dotados de múltiplas asas, espadas flamejantes e face zoomórfica, entre o homem e o dragão.


São, por isso, guardiães da Sabedoria e ainda abrigam outros significados: representam a energia cósmica criadora, a eternidade e o próprio Cosmos, que repousa enrodilhado sobre si mesmo, círculo de serenidade, e quando desperta em turbilhões, desdobrando suas espirais no infinito, manifestando-se em todas as coisas que existem no Universo.

A imagem do Dragão associada à sabedoria contém uma mensagem de profundo alcance. A imagem diz que a Sabedoria não se relaciona com qualquer tipo de fraqueza. Não há conflito entre força, poder e felicidade, boa fortuna, compaixão e bom senso. O signo original, concebido em épocas insuspeitadas da história humana, referia-se à Regeneração Psíquica e à Imortalidade.

Hermes considerava a serpente o mais espiritual de todos os seres.

"Jesus admitiu a Serpente como sinônimo de Sabedoria, e um de seus ensinamentos, disse: Sede sábios como a serpente."

Todos os povos simbolizaram o "Espírito de Deus" sob a forma de uma serpente de fogo que repousa sobre as águas primordiais até o dia do despertar, quando se expande por meio do verbo tomando a forma doleminiscato, a serpente que morde a própria cauda, representação do Universo, da Eternidade, do Infinito e da forma esférica dos corpos celestes.

Um comentário:

  1. Existem seres reais que povoam o imaginário do povo, para mim dragões, que cospem fogo ou não existiram mutações genéticas de gente e bicho tais como os minotauros, os gigantes citados na Bíblia, as pegadas empresas nas rochas de homens de mais de 5 metros de autoria e tantos outros um dia existiram e acho que até hoje existem alguns deles em algum lugar no mundo..

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